sábado, 26 de março de 2011

Curso de Obstetrícia

Olá amig@!

A USP planeja encerrar o curso de obstetrícia por pressão do COFEN, além de diminuir o número de vagas do campus EACH (Zona Leste), para "melhorar o nível da concorrência".
Estamos organizando um Abaixo Assinado que gostaríamos que você assinasse, por favor.
Não há necessidade de colocar o número de todos os documentos pedidos. Só nome e RG.

Abaixo seguem as matérias do IG e da Folha de São Paulo e carta oficial dos alunos.

ABAIXO ASSINADO (só colocar nome e RG):
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/8452

ASSINATURAS JÁ OBTIDAS (quase 4000 em 3 dias):
http://www.abaixoassinado.org/assinaturas/abaixoassinado/8452/?show=500

MATÉRIA DO IG:
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/usp+leste+pode+fechar+mais+de+300+vagas/n1238177421365.html

CARTA DOS ALUNOS DA USP:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/a-carta-dos-alunos-de-obstetricia.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

MATÉRIA DA FOLHA (colado abaixo, pois o site exige senha):
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1903201118.htm



Grata por seu precioso tempo!

Ana Cristina Duarte
Obstetriz formada pela USP/EACH

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Obstetrícia da USP pode sair da Fuvest

Cerca de 200 pessoas protestaram ontem contra a exclusão do curso entre opções do vestibular do ano que vem

Alunos e professores contestam a medida, defendida por conselho de enfermagem e por comissão da escola

LAURA CAPRIGLIONE
DE SÃO PAULO

Cerca de 200 estudantes, professores e ex-alunos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, a chamada USP Leste, protestaram ontem contra a retirada do curso de obstetrícia do cardápio de cursos da Fuvest de 2012.
A retirada é defendida pelo Conselho Federal de Enfermagem e apoiada por comissão interna da escola, pelo menos até que se encontrem formas de viabilizar o curso.
Criado em 2005, o curso de obstetrícia já formou duas turmas, no total de 90 obstetrizes -mesmo os profissionais do gênero masculino designam-se assim, para se distinguirem dos médicos e enfermeiros obstetras.
Ao contrário do que previam os organizadores do curso, porém, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) logo manifestou seu inconformismo com o fato de os egressos da EACH pleitearem o registro como enfermeiros.
Segundo o Cofen, o curso da USP Leste não cumpria as diretrizes curriculares nacionais. Ontem, veio a público a decisão final do Cofen relativa aos egressos da obstetrícia da EACH. O conselho não os reconhece como enfermeiros e recomenda que a USP Leste cancele imediatamente o vestibular para o curso.
"Não admitimos sucateamento da profissão de enfermeiro", diz Fabrício de Macedo, procurador do Cofen.
Edson Leite, vice-diretor da EACH, disse à Folha há 15 dias, quando ainda não se conhecia o parecer final do órgão de classe sobre o curso, que a universidade "não poderia fechar os olhos para o destino dos alunos que estão fazendo o curso".
Dulce Maria Rosa Gualda, professora-titular da faculdade de enfermagem da USP e uma das formuladoras do curso de obstetrícia da EACH, considera "lamentável a USP ceder dessa forma vergonhosa à pressão corporativista do Cofen".
Ela cita pesquisas, como a divulgada pela Folha no último dia 24, nas quais 25% das mães dizem ter sofrido algum tipo de agressão no parto.
"Quando a questão do parto humanizado é tão urgente, como é possível que a universidade aceite extinguir um curso fundado exatamente para reverter esse cenário?"
Segundo a professora, já está provado que os cursos de enfermagem não dão conta de formar profissionais em número suficiente para a obstetrícia. "O certo seria ampliar a experiência da EACH, e não encerrá-la."
Para Edson Leite, "não dá mais para dizer que não interessa o parecer do conselho de classe". Segundo ele, as negociações para o Cofen reconhecer o curso da EACH deverão prosseguir. "Se for o caso, voltamos a oferecê-lo no vestibular de 2013."

Com procura baixa, vagas são "remanejadas"

DE SÃO PAULO

Ao ser criada, em 2005, a EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades) foi apresentada pelo então reitor, Adolpho José Melfi, como "ponto inicial para a inclusão social" na USP.
Seis anos depois, o próprio Melfi capitaneou o grupo de trabalho designado pelo diretor da EACH para estudar o "remanejamento de vagas".
Na prática, o grupo propõe um enxugamento, de modo a elevar a relação candidato-vaga no vestibular, "já que a procura por alguns dos cursos da EACH é bastante reduzida", segundo texto oficial.
O texto defende reduzir vagas para elevar "a qualidade dos ingressantes".
O curso de licenciatura de ciências da natureza, no vestibular de 2010, teve apenas 1,71 candidato disputando cada vaga.
Em 2011, a média -baixíssima para os padrões da USP- passou para 2,31, ainda ínfima.
O curso nem sequer conseguiu preencher as 120 vagas oferecidas.
No ano de 2010, o curso funcionou com apenas 20 alunos no período da manhã e 40 no noturno.
Em vez das 1.020 vagas em disputa a cada vestibular, a EACH passaria, segundo o grupo de trabalho, a oferecer só 700.
A proposta mais radical seria exatamente a que envolve o curso de obstetrícia, que seria absorvido pela Escola de Enfermagem da universidade.
Segundo a reitoria da USP, o estudo sobre a EACH não tem caráter deliberativo. Para começar a valer, a proposta deverá passar antes pelos colegiados da universidade. (LC)



Fonte: recebido por e-mail de Tatiana em 26 Mar 2011

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